ós dois anos e oito meses enfrentando restrições por ultrapassar o teto de gastos com pessoal previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o GDF conseguiu ficar abaixo do limite prudencial no segundo quadrimestre deste ano: 44,81% da receita corrente líquida foram usados para pagar salários. O percentual de comprometimento registrou uma redução de 2,38 pontos em relação aos quatro primeiros meses de 2017 e deixou o DF na zona de alerta (44,10%). A boa notícia, entretanto, colocou a oposição e servidores com as barbas de molho. Para eles, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) exagerou no seu “discurso de crise” para conseguir aprovar a reforma da Previdência.
“O governo já tinha esses dados. Como era obrigado a publicá-los até o último dia útil do mês, fez toda aquela pressão para que a reforma [da Previdência] fosse aprovada, ameaçando parcelar os salários, dizendo que não tinha dinheiro, que estava limitado pela LRF. Mas era tudo mentira. Ele [Rollemberg] sabia que se os relatórios saíssem antes, dificilmente aprovaria as mudanças na Câmara Legislativa”, ataca o deputado Wellington Luiz (PMDB).