Ontem (29), um dia após ser comemorado o Dia do Servidor Público, o governador Ibaneis Rocha assinou um decreto que autoriza o pagamento de R$ 704 milhões a cerca de oito mil servidores aposentados do GDF, que serão pagos em até 36 meses.
O decreto prevê o pagamento a todos os servidores aposentados que tiveram suas licenças-prêmio convertidas em pecúnia e até o momento não foram pagas. O servidor que não quiser receber o valor parcelado terá a opção de uma linha de crédito no BRB para resgatar os valores devidos de forma integral, pagado uma taxa de 1,65% de juros.
A solenidade de assinatura do decreto contou com a presença de autoridades do governo, deputados e dirigentes sindicais. Como único sindicalista chamado para fazer o uso da palavra, o presidente do SINDIRETA, Ibrahim Yusef, parabenizou o governo pela iniciativa, mas também lembrou que existem outras pendências. “Já foi um começo o anúncio do pagamento das pecúnias, que estão atrasadas desde 2016, entretanto o governo tem outras dívidas que precisa quitar com o servidor, como é o caso da terceira parcela”, lembrou.
O governador garantiu que no início do próximo ano irá começar as negociações com os sindicatos para o pagamento desta dívida. “Este primeiro ano foi de ajustes das contas públicas, em 2020 pretendo honrar com os compromissos assumidos”, disse o governador ao final do evento, que afirmou que o ano que vem pretende pagar além da terceira parcela, também quitar as dívidas de precatórios e implementar de forma definitiva o plano de saúde.
Com adiamento da decisão do STF sobre recomposições salariais, categorias decidiram pressionar GDF pelo reajuste e licenças-prêmio
Descontentes com a proposta do governo de extinção da licença-prêmio e o adiamento no pagamento da terceira parcela do reajuste salarial, servidores públicos preparam uma assembleia geral no Distrito Federal. A data ainda não está definida, mas praticamente todas as categorias pretendem participar. Elas ameaçam, inclusive, entrar em greve geral caso os pleitos não sejam atendidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF). LEIA MAIS
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O SINDIRETA manifesta repúdio e externa total discordância das declarações dadas pelo secretário de Previdência do governo Federal, Leonardo Rolim, ao jornal Correio Braziliense de domingo (10 de março), onde, tratando do famigerado projeto de reforma da previdência, o responsável pela pasta diz que os servidores públicos “só querem privilégios”.
Fica nítido o caráter difamatório das declarações, que expõe total desconhecimento da realidade vivida pela maioria dos servidores. No Distrito Federal, temos recorrido à justiça para garantir direitos conquistados, como o pagamento de reposições lastreadas em leis.
O secretário desconhece ainda que o governo local recorreu ao fundo de aposentadoria pago pelos servidores públicos para honrar seus compromissos. Não bastasse a ignorância em relação aos fatos, o dirigente minimiza o impacto do aumento da contribuição previdenciária, que, somada ao imposto de renda retido, alcançará quase a metade dos salários da categoria. Um confisco absurdo. O arremate grotesco foi a acusação de que “esse pessoal sabe manipular número”.
Lamentamos o desconhecimento do secretário e suas declarações desastrosas, eivadas de ignorância e generalizações grosseiras. Atuaremos sempre em favor dos servidores públicos, que são imprescindíveis na construção se uma sociedade mais justa.
Ibrahim Yusef
Presidente do SINDIRETA