Após numerosa assembleia, a deliberação é estado de greve para os servidores
Ontem (11/03) os servidores públicos das 33 categorias afetadas pela Ação de Inconstitucionalidade – Adin movida pelo Ministério Público demonstraram união ao comparecerem ao chamado dos 17 sindicatos que organizaram o Movimento Sindical em Defesa do Serviço Público do DF, onde a deliberação é que todos se mantenham em estado de greve a partir de agora.
Segundo o presidente do SINDIRETA, Ibrahim Yusef, este é um momento decisivo para os servidores. ‘’Estivemos aqui reunidos por horas, e não obtivemos nenhum recado, nenhuma sinalização positiva do governo com relação ao nosso problema, isso demonstra mais uma vez o descaso do GDF com os servidores, então, a partir de hoje estamos todos em estado de greve’’, explica.
O julgamento da ação pode ser a qualquer momento, não tendo ainda data definida. Por isso, a decisão do Sindicato é que se aguarde até que se tenha uma resposta do TJDFT para só então decretar uma greve geral do serviço público no Distrito Federal. ‘’Se o Tribunal não nos concedera causa faremos uma greve nunca antes vista do DF, com a participação de todos os servidores. Brasília realmente vai parar’’, diz o presidente do Sindicato.
Com a movimentação e repercussão do movimento, que parou o Eixo Monumental por quase duas horas, alguns parlamentares estiveram presentes na assembleia e declararam o seu apoio aos servidores. Compareceram os deputados distritais Wasny de Roure, Reginaldo Veras e Juarezão, e os deputados federais, Roney Nemer e Erica Kokay.
Amanhã (13/03) os 17 sindicatos participantes do movimento farão uma reunião para avaliação do evento e para articular as ações futuras.
Abaixo a cronologia dos acontecimentos:
26 de fevereiro
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT, ajuizou, sem fazer publicidade, uma Adin contra os reajustes concedidos em 2013 a 33 categorias sob alegação de que não foi feita previsão orçamentária e que estariam em desacordo com a Lei Orgânica do DF, com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com a legislação orçamentária.
28 de fevereiro
A notícia sobre a ação foi divulgada na capa do Correio Braziliense. Representantes dos sindicatos da saúde e da administração direta se articularam e fizeram uma reunião emergencial no domingo.
29 de fevereiro
Foi instituído o Movimento Sindical em Defesa do Serviço Público do Distrito Federal, onde marcaram uma audiência com o desembargador Humberto Ulhôa.
2 de março
Na reunião do Movimento Sindical foi estabelecida a agenda inicial de ações e acertada a realização das assembleias de cada categoria, até a quinta-feira, 5. Os dirigentes sindicais estiveram com o desembargador Humberto Ulhôa, que explicou seu posicionamento e o trâmite da Adin a partir do pedido de informações feito por ele. Foi, então, marcada a audiência com a presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Celina Leão, e líderes das bancadas.
3 de março
Celina Leão reuniu o Colégio de Líderes, que expressou apoio aos servidores. Após esta essa reunião, um grupo menor de sindicalistas se reuniu com o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, que afirmou que o Ministério Público está errado. A Ordem participará na ação, na qualidade de Amicus Curiae, em defesa da CONSTITUCIONALIDADE dos reajustes concedidos.
4 de março
Reunião com o secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas, em busca de acordo. Não houve avanço nesse encontro.
5 de março
Representantes dos 17 sindicatos do Movimento Sindical em Defesa do Serviço Público do Distrito Federal entregaram ao governo documento cobrando as medidas que tornarão sem razão de ser e inócua a Adin proposta pelo Ministério Público.
6 de março
Reunião das lideranças sindicais para definições sobre o movimento em defesa dos salários dos servidores.
11 de março
Dia da paralisação, com protesto, às 10h, na Praça do Buriti.
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